A dominância genética é um conceito fundamental em genética que descreve como os alelos de um gene interagem para determinar características em um organismo. A palavra “alelo” se refere às diferentes formas de um mesmo gene, que podem influenciar um traço específico. Quando se fala em dominância, estamos lidando com a relação entre esses alelos e como eles se manifestam no fenótipo, que é a expressão visível das características de um organismo.
No contexto da hereditariedade, a dominância genética explica por que algumas características podem se sobrepor a outras. O padrão de herança pode ser simples ou complexo. Em um padrão simples, existem alelos que são considerados “dominantes” e outros que são “recessivos”. Os alelos dominantes tendem a mascarar a expressão dos alelos recessivos quando ambos estão presentes em um indivíduo. Isso significa que, mesmo que um gene recessivo esteja presente, ele pode não se manifestar no fenótipo.
O conceito de dominância foi inicialmente explorado pelo monge Gregor Mendel, a partir de suas investigações sobre a herança em ervilhas. Mendel formulou as leis da hereditariedade, estabelecendo as bases da genética moderna. Sua análise sobre a dominância de certos traços, como a cor da flor, mostrou que a cor púrpura era dominante em relação à cor branca.
Tipos de dominância genética
Os tipos de dominância genética variam conforme a relação entre os alelos. É essencial entender esses diferentes tipos para estudar a hereditariedade de plantas, animais e humanos. Os principais tipos de dominância incluem:
- Dominância completa: O alelo dominante se expressa totalmente e o alelo recessivo não se manifesta no fenótipo. Por exemplo, no caso do gene para cor da ervilha, o alelo púrpura é dominante sobre o alelo branco.
- Dominância incompleta: Caracteriza-se por uma mistura dos fenótipos. Nenhum alelo é completamente dominante. Um exemplo clássico é a flor de boca-de-lobo, cuja cor vai variar entre o vermelho e o branco, resultando em uma coloração rosa quando ambos os alelos estão presentes.
- Codominância: Ambos os alelos se expressam simultaneamente no fenótipo. Um exemplo comum é o tipo sanguíneo AB, onde os alelos A e B se manifestam de forma co-dominante.
- Dominância múltipla: Neste caso, mais de dois alelos estão envolvidos. Um exemplo é o sistema de grupos sanguíneos ABO, onde existem três alelos principais: A, B e O.
Exemplos práticos de dominância genética
Para facilitar a compreensão do conceito de dominância genética, vejamos exemplos práticos da natureza e da biologia humana.
- Cores de flores: Em plantas como a *Lathyrus odoratus* (ervilha-sinal), a cor das flores pode ser determinada pela dominância. O alelo vermelho é dominante, e o alelo branco é recessivo.
- Características humanas: A cor dos olhos é um exemplo onde a dominância genética pode ser observada. O alelo marron é relativamente dominante em relação ao azul.
- Doenças genéticas: A fibrose cística é uma condição recessiva, o que significa que um indivíduo precisa herdar dois alelos recessivos para manifestar a doença.
Entender a dominância genética é crucial para muitas aplicações em biologia, medicina, agricultura e cuidados de saúde. Isso inclui a compreensão das doenças genéticas e a manipulação genética em plantas e animais para melhoramento das características desejadas.
A herança de características envolve não apenas a dominância, mas também a interação entre múltiplos genes e fatores ambientais. Esse conceito é conhecido como poligenia, onde a expressão de um traço é controlada por vários genes, como ocorre em características como altura e cor da pele em humanos.
Além disso, a epistasia, que é a interação entre genes em locais diferentes do genoma, pode influenciar a expressão fenotípica. Em certos casos, um gene pode suprimir a expressão de outro gene, modificando a expectativa baseada na dominância simples.
Concluindo, a dominância genética desempenha um papel essencial na biologia. Compreender esses conceitos ajuda a desvendar os complexos processos de hereditariedade. Isso é particularmente valioso para estudantes que se preparam para vestibulares e exames, como o ENEM, onde questões sobre genética e hereditariedade são comuns.
Revisar os conceitos de dominância genética, seus tipos e exemplos práticos pode ser um diferencial significativo na hora de resolver questões sobre genética. Mantenha-se atualizado e estude essas definições de forma aprofundada para aumentar suas chances de sucesso nas avaliações!