(Unicamp/2021) A epidemia de sífilis golpeou Nápoles, pela primeira vez, em 1494. Os ingleses a chamaram de “enfermidade sa”, os ses disseram que era um “mal napolitano” e os napolitanos achavam que vinha da América. O vírus, por definição, é o outro. Sexualmente transmissível, a sífilis materializou nos corpos, dos séculos XVI ao XIX, as formas de repressão e exclusão social da
modernidade.
(Adaptado de Paul B. Preciado, Aprendendo do vírus, em Sopa de Wuhan. APOS, 2020, p. 184-187.)
Considerando as referências acima sobre a epidemia de sífilis na época moderna, é possível afirmar:
A) A história da sífilis baseia-se em experiências mundiais unívocas. Ela transcorre simultaneamente em toda parte e promove uma compreensão tolerante da diversidade dos sujeitos a partir da noção de raça.
B) A história da sífilis a descreve como uma epidemia local. Ela implica uma percepção neutra do outro, na medida em que ele seria considerado a fonte e o fator de transmissão da doença.
C) A história da sífilis teve longa duração na Euro-américa. O medo da doença contribuiu para a formação e o fortalecimento de políticas de repressão racial, que incidiam nos corpos dos sujeitos sociais.
D) A história da sífilis mostra um trajeto fixo de expansão da epidemia, que começou em Nápoles e alcançou a América. Ela conta uma história do ado de exclusão dos burgueses, dos médicos e dos engenheiros da sociedade.
RESOLUÇÃO:
Em decorrência da falta de conhecimento sobre a real forma de contaminação (sífilis é uma DST) e da ausência de tratamento à época, os doentes eram submetidos ao isolamento, gerando um processo de repressão racial e segregação social.
Resp.: C
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre doenças na Idade Média, da Unesp 2013
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