Redação sobre como as democracias morrem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avalia diversas competências fundamentais na elaboração da redação. Cada competência tem um papel crucial na composição de um texto dissertativo-argumentativo coeso e de qualidade. A primeira competência envolve o domínio da escrita formal da língua portuguesa, essencial para garantir a clareza e a correção do texto. A segunda competência trata da compreensão do tema, o que impede a fuga do assunto proposto, assegurando que o candidato atenda integralmente à demanda da prova. A terceira competência avalia a capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista, garantindo a consistência argumentativa. A quarta competência diz respeito ao conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação, fundamental para a coesão textual. Por fim, a quinta competência exige o respeito aos direitos humanos, sendo essencial para a elaboração de uma proposta de intervenção que seja ao mesmo tempo viável e ética. Vamos explorar cada uma dessas competências aplicadas na construção de um texto sobre o tema “Como as democracias morrem”.

Redação: Como as democracias morrem

A democracia, enquanto sistema de governo baseado na participação popular e na alternância de poder, enfrenta diversos desafios que podem levar ao seu declínio. Um dos principais fatores que contribuem para a erosão democrática é o enfraquecimento das instituições, que muitas vezes são minadas por lideranças populistas. Essas lideranças tendem a concentrar poder e desrespeitar as normas democráticas, promovendo uma polarização extrema que divide a sociedade.

Outrossim, a disseminação de informações falsas e a manipulação midiática desempenham um papel crucial na degradação das democracias. A proliferação de fake news serve para descredibilizar adversários políticos e minar a confiança pública nas fontes de informação. Tal ambiente de desinformação cria uma realidade paralela em que verdades inconvenientes são desconsideradas, dificultando debates informados e decisões racionais por parte do eleitorado.

Adicionalmente, as desigualdades sociais e econômicas exacerbam a vulnerabilidade das democracias. Populações marginalizadas e com menos o a recursos educacionais e informativos tendem a ser mais suscetíveis a discursos demagógicos e promessas populistas. A falta de inclusão social e a ausência de políticas públicas eficazes para mitigar desigualdades reforçam a insatisfação popular e a descrença no sistema democrático.

Para evitar a morte das democracias, é essencial promover a educação cívica e política da população, fortalecendo o papel das instituições e garantindo a transparência e a imparcialidade dos processos eleitorais. Além disso, é necessário criar mecanismos eficazes para combater a desinformação e promover a equidade social. A implementação de políticas que incentivem o desenvolvimento econômico inclusivo pode fortalecer a fé das pessoas na democracia como um sistema capaz de atender suas demandas e expectativas.

Dessa forma, a perpetuação de um sistema democrático depende da ação conjunta do governo, da sociedade civil e das instituições. Apenas por meio de um engajamento consciente e sustentado é possível evitar os caminhos que levam ao autoritarismo e à perda de direitos e liberdades fundamentais.

Dicas Comentadas

Para estruturar bem uma redação sobre “Como as democracias morrem”, é importante atentar-se a alguns pontos chave:

• Domínio da língua portuguesa: revise sempre a ortografia, pontuação e concordância verbal e nominal ao elaborar sua redação. Isso garantirá a clareza e a correção gramatical do seu texto.
• Compreensão do tema: fuja da tentação de se afastar do tema proposto. Concentre-se em discutir os fatores que realmente contribuem para a erosão democrática.
• Organização das ideias: planeje bem sua argumentação. Selecione fatos, dados e opiniões que sustentem sua tese e organize-os de maneira lógica e coerente.
• Coesão textual: use conectivos adequados para ligar as ideias e garantir a fluidez do texto. Conectivos como “outrossim”, “adicionalmente”, “além disso” e “dessa forma” ajudam na construção da argumentação.
• Proposta de intervenção: ao sugerir soluções, lembre-se de respeitar os direitos humanos e garantir que sua proposta seja viável. Assegure a articulação dessa proposta com os argumentos desenvolvidos no texto.

Com essas dicas e uma prática constante, é possível alcançar uma redação de alta qualidade para o Enem, atendendo plenamente às competências exigidas.