Embora Drex e Pix pareçam semelhantes por possibilitarem transações instantâneas entre diferentes bancos, eles têm diferenças notáveis.
Enquanto o Pix movimenta dinheiro em reais e segue normas estabelecidas pelo Banco Central, o Drex adota a tecnologia blockchain, a espinha dorsal das criptomoedas, permitindo fluxos financeiros de maior valor.
O que o Drex Oferece aos Usuários?
Drex não é apenas uma moeda, é uma plataforma que habilitará uma variedade de serviços financeiros – desde transferências e pagamentos até a compra de ativos do governo.
Entidades aprovadas pelo Banco Central estão preparando uma série de funções inovadoras, incluindo pagamentos instantâneos para imóveis e automóveis, assim como benefícios governamentais, graças a parcerias como a formada por Caixa Econômica Federal, Microsoft Brasil e Elo.
Outra característica notável do Drex é a capacidade de empregar contratos inteligentes. Por exemplo, na venda de um carro, questões sobre quem paga primeiro desaparecem. Os contratos automatizados facilitam as transações, reduzindo burocracia e intermediários.
Como os Usuários Interagem com o Drex?
Espera-se que o Drex esteja disponível ao público no final de 2024. Atuará principalmente entre instituições financeiras, com consumidores transacionando por meio de carteiras digitais. O usuário depositará reais em uma dessas carteiras, que converterá automaticamente em Drex, mantendo a paridade 1:1 com o real.
Depois da conversão, os clientes movimentam os Drex via blockchain. A parte receptora, então, pode trocar o Drex por reais. A transformação de ativos reais em digitais, chamada tokenização, simplifica transações online, usando códigos específicos para identificar e negociar ativos.
Fase de Testes
Em março, o Banco Central escolheu a plataforma Hyperledger Besu para experimentação, devido a seus custos íveis e natureza open source.
Em junho, 16 grupos foram selecionados para o projeto piloto. Eles trabalharão integrando sistemas ao Hyperledger Besu e desenvolvendo novos produtos financeiros.
Os ensaios, previstos para setembro, focarão na segurança e eficiência das transações, estendendo-se até fevereiro do ano seguinte, incluindo simulações com títulos do Tesouro.
Ativos do Projeto Piloto
Os ativos que serão avaliados durante o piloto incluem:
- Reservas bancárias;
- Contas de liquidação;
- Conta única do Tesouro Nacional;
- Depósitos bancários à vista;
- Contas de pagamento de entidades financeiras;
- Títulos federais públicos.
Para mais informações, visite o site oficial do Banco Central.