(Enem/2024)
TEXTO I
O bufarinheiro, conhecido nas cidades por teque-teque, chama-se, nos recônditos da Amazônia, “regatão”. Em lugar de transportar nas costas o mundo de miudezas, transporta-o no bojo de uma gaiola que descola duas, três, quatro toneladas, divididas em seções de secos e molhados e é movido por remo de faia. Cortando comunidades e matas de Amazônia por rios, dentro dessas gaiolas, residas de prateleiras, encontram-se os artigos mais dispares, que vão da agulha à espingarda, do lenço ao cobertor, da chita à escova de dentes.
MORAES, R. Na Planície Amazônica. São Paulo: Editora Nacional, 1936 (adaptado).
TEXTO II
No século XIX, o comércio dos regatões era feito, então, com base em relações tecidas com quilombolas, povos produtores, comerciantes locais e indígenas, constituindo relação comercial alternativa ao abastecimento da população.
HENRIQUE, M. C.; MORAIS, I. T. Estradas líquidas, comércio sólido: índios e regatões na Amazônia (século XIX). Rev. Hist., n. 171, jul.-dez. 2014 (adaptado).
Como parte do patrimônio cultural da Amazônia, o regatão foi fundamental, no século XIX, para a
A) organização de rotas de fuga na floresta tropical.
B) criação de postos de trabalho nos seringais nortistas.
C) divulgação de receitas de fármacos nas zonas ribeirinhas.
D) exploração de redes de sociabilidade no interior brasileiro.
E) ampliação de ambientes de lazer nos territórios interioranos.
RESOLUÇÃO:
O texto I descreve o regatão como uma embarcação que transporta uma diversidade de produtos (de artigos básicos a ferramentas e alimentos) através dos rios da Amazônia. Esse comércio itinerante atende comunidades isoladas e oferece uma ampla gama de mercadorias.
O texto II fornece um contexto histórico, explicando que, no século XIX, o comércio dos regatões foi estabelecido por meio de relações com quilombolas, comunidades indígenas e outros produtores locais, atuando como uma alternativa para o abastecimento das populações locais.
Diante do exposto, a alternativa D é a mais correta.
O regatão estabeleceu uma rede de sociabilidade, conectando diferentes comunidades, como quilombolas, indígenas e pequenos produtores, através de trocas comerciais e culturais. Ele foi fundamental para o desenvolvimento de relações sociais e comerciais no interior da Amazônia.
Resp.: D
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