(UERJ/2015)
01) No cartum, há uma alusão aos “rolezinhos”, manifestações em que jovens, em geral oriundos de periferias, formam grandes grupos para circular dentro de shoppings.
Com base no diálogo entre os guardas e nos elementos visuais que compõem o cartum, é possível inferir uma crítica do cartunista baseada no seguinte fato:
A) os jovens se descontrolam em grupos muito numerosos
B) os guardas pertencem à mesma classe social dos jovens
C) os guardas hesitam no cumprimento de medida repressiva
D) os jovens ameaçam as atividades comerciais dos shoppings.
02) Por meio de aspectos gráficos, o cartum sugere o caráter generalizante que pode ter um preconceito.
Um aspecto que aponta para essa generalização é:
A) o traçado plano do cenário principal
B) a forma difusa das pessoas ao fundo
C) o destaque dado ao letreiro do shopping
D) a nitidez da representação dos dois guardas
RESOLUÇÃO:
01) O cartum satiriza a repressão policial aos “rolezinhos”, fenômeno social em que jovens, majoritariamente negros e periféricos, frequentavam shoppings para lazer. Essa presença foi encarada como ameaça, levando à ação repressiva, mesmo sem registros de vandalismo. O guarda que lembra “não deixar entrar aqueles tipos de pessoa” revela o preconceito implícito. Já a resposta do outro guarda questiona esse critério ao apontar a semelhança entre eles e os jovens.
Essa ironia denuncia a contradição social: seguranças, também oriundos das classes populares, são usados para conter pessoas de mesma origem. O cartum expõe as tensões entre classe, consumo e espaço urbano.
Resp.: B
02) O cartum de Angeli usa recursos gráficos para construir uma crítica ao preconceito social, especialmente o preconceito generalizante que atinge jovens de periferia. O aspecto gráfico que mais reforça essa generalização é a forma difusa das pessoas ao fundo. Essas figuras aparecem borradas, sem contornos definidos ou características individuais.
Essa indefinição visual simboliza a despersonalização típica do preconceito, que não considera os indivíduos em sua singularidade, mas os reduz a um “tipo” genérico e estigmatizado. Ao contrário dos guardas em primeiro plano, que estão nítidos e individualizados, as figuras ao fundo representam o coletivo visto com desconfiança, como se fossem todos iguais — “aqueles tipos de pessoa”, conforme diz o guarda.
Resp.: B
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre desigualdade social e estratificação social, da UEL 2015
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