O Programa de Avaliação da Educação Superior (PAES) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) divulgou a lista oficial de obras literárias exigidas para a edição de 2026. Os livros selecionados fazem parte do conteúdo programático da prova de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e devem ser lidos com atenção pelos candidatos.
Conhecer bem as obras indicadas é essencial para se sair bem na avaliação, já que questões específicas podem abordar interpretação, estilo, contexto histórico, personagens e enredos. A leitura prévia garante maior segurança no momento da prova e amplia o repertório cultural dos estudantes.
Lista de obras literárias obrigatórias no PAES UEMA 2026
A lista oficial traz três livros, escritos por autoras de grande relevância na literatura brasileira. São elas:
- Canto à Beira Mar, de Maria Firmina dos Reis;
- As Meninas, de Lygia Fagundes Telles;
- Entre a Espada e a Rosa, de Marina Colasanti.
Essas obras foram escolhidas por seu valor literário, temático e social, representando diferentes períodos e estilos da literatura nacional. Os candidatos devem fazer uma leitura aprofundada e crítica, observando os elementos que costumam ser cobrados nos exames.
Canto à Beira Mar: pioneirismo e crítica social
Escrita por Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista negra do Brasil, “Canto à Beira Mar” é um poema que apresenta uma forte crítica social e política. Publicado originalmente no século XIX, o texto reflete sobre a liberdade, a natureza e a condição do povo oprimido, sendo marcado por um lirismo envolvente e por uma linguagem simbólica.
A autora foi uma das vozes mais relevantes do seu tempo, antecipando debates que só ganhariam mais visibilidade décadas depois. Sua obra é frequentemente destacada por estudiosos que analisam a presença da mulher e do negro na literatura brasileira. O poema integra o acervo de domínio público e pode ser ado gratuitamente através do site Domínio Público.
Temas importantes para a prova
Ao estudar “Canto à Beira Mar”, os candidatos devem observar os recursos estilísticos usados por Maria Firmina, como a metáfora, a antítese e as imagens sensoriais. Também é essencial compreender o contexto de produção da obra, sua crítica ao racismo e à opressão, e a construção da subjetividade da voz poética.
A obra dialoga com os valores da liberdade e da justiça social, sendo um importante ponto de partida para reflexões sobre a sociedade brasileira. Além disso, é um exemplo de resistência por meio da escrita feminina e afrodescendente.
As Meninas: juventude, repressão e ditadura
“As Meninas”, de Lygia Fagundes Telles, é um dos romances mais aclamados da literatura contemporânea brasileira. Publicado em 1973, o livro apresenta a vida de três jovens mulheres — Lorena, Lia e Ana Clara — que vivem em São Paulo durante o período da ditadura militar. A narrativa alterna entre as perspectivas das personagens, revelando suas inquietações, dilemas e experiências afetivas e sociais.
O livro se destaca pelo uso de fluxo de consciência, estrutura fragmentada e profunda análise psicológica das protagonistas. É um retrato da juventude brasileira sob opressão, com temas que envolvem política, sexualidade, religião e desigualdade social. A obra também se tornou leitura obrigatória em outros vestibulares, como o da Fuvest.
Como estudar esse romance para o PAES
É fundamental compreender o contexto histórico e político em que o romance foi produzido. A ditadura militar e seus efeitos na vida cotidiana das personagens devem ser analisados com atenção, assim como os conflitos de classe e de identidade presentes na obra.
Além disso, o estudante deve observar como a autora utiliza diferentes estilos narrativos e linguagens para construir a subjetividade de cada personagem. A interpretação de agens específicas e a análise das relações interpessoais são pontos que podem ser cobrados na prova.
Entre a espada e a rosa: contos com protagonismo feminino
“Entre a Espada e a Rosa”, de Marina Colasanti, é uma coletânea de contos que mistura elementos do realismo e do fantástico, sempre com um olhar crítico sobre o papel da mulher na sociedade. As histórias trazem princesas, guerreiras e outras figuras femininas que desafiam estereótipos tradicionais e lutam por liberdade, justiça e voz.
A autora se inspira em contos de fadas para criar narrativas que questionam os padrões impostos às mulheres ao longo da história. Com uma linguagem poética e simbólica, Colasanti constrói tramas que convidam à reflexão sobre gênero, identidade e empoderamento feminino.
Aspectos literários e temas recorrentes
Durante a leitura, é importante identificar o uso da alegoria, intertextualidade e simbolismo, que são frequentes na obra. Os contos trabalham com arquétipos e estruturas clássicas de narrativa, mas subvertem o papel da mulher para valorizar sua autonomia e força.
O estudante deve estar atento também ao ritmo da narrativa, à construção dos personagens e às escolhas estilísticas que Colasanti faz para desconstruir os padrões de submissão feminina. Esses aspectos têm alto potencial de cobrança em questões interpretativas e analíticas.
Importância da leitura crítica para o PAES
A leitura dos livros exigidos no PAES 2026 deve ser feita com atenção aos detalhes e ao contexto histórico e cultural de cada obra. A prova valoriza não apenas a compreensão literal dos textos, mas também a capacidade de analisar criticamente os temas e linguagens.
Uma boa estratégia é elaborar fichamentos, mapas mentais e discutir as obras com colegas ou professores. O o a resumos e análises confiáveis, como os disponíveis em sites de educação e literatura, pode ser útil, desde que não substitua a leitura integral dos livros.
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