Recentemente, uma decisão do Supremo Tribunal Federal gerou expectativa entre os beneficiários do Bolsa Família em relação à possibilidade de obterem empréstimos consignados com desconto direto na folha.
No entanto, o governo federal tomou a posição firme de não permitir essa modalidade de empréstimo para os beneficiários do programa.
O Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ao conversar com os meios de comunicação, deixou clara a posição oficial sobre o assunto.
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A intenção do governo é proteger os participantes do programa de possíveis endividamentos.
Ele enfatizou que o Bolsa Família foi criado como um e financeiro para auxiliar na alimentação e outras necessidades básicas de famílias em situação de vulnerabilidade.
Em declarações recentes, Dias mencionou: “O Bolsa Família não é um salário, mas uma assistência destinada especificamente para as famílias em condições de vulnerabilidade. Comprometer uma parcela desse auxílio com prestações pode desvirtuar o objetivo primário do programa”.
Reforçando a importância do programa, o ministro destacou: “Estamos falando de uma ajuda que afeta diretamente a vida de cerca de 54 milhões de brasileiros. No contexto do Plano Brasil Sem Fome, nosso foco é assegurar que essas famílias tenham os recursos necessários para lutar contra a fome.”
Em relação à proposta de empréstimo consignado para beneficiários de programas assistenciais, é válido recordar que esta foi uma iniciativa tomada na istração anterior.
Esta proposta foi estabelecida através do Decreto nº 11.170, de 11 de agosto de 2022.
No entanto, com a nova gestão liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma reavaliação das condições estabelecidas para tais empréstimos.
Em fevereiro de 2023, uma nova portaria foi publicada, ajustando os limites para desconto no benefício e redefinindo a quantidade de parcelas e taxas de juros.
Estas mudanças já sinalizavam uma preocupação crescente com o risco de endividamento dos beneficiários.
As instituições bancárias, percebendo os riscos associados a tais empréstimos, sobretudo após as modificações das condições, decidiram interromper temporariamente a oferta de crédito consignado para os beneficiários do programa.
Este movimento reforça o compromisso do governo em proteger as famílias mais vulneráveis, garantindo que os recursos recebidos sejam utilizados para suas necessidades essenciais e não sejam comprometidos com dívidas.
A intenção é clara: manter a integridade do programa e sua missão de combate à pobreza e à fome.