A seleção de candidatos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) segue regras específicas para as vagas reservadas, priorizando determinados grupos sociais. Essas diretrizes têm como objetivo oferecer oportunidades a estudantes de grupos historicamente excluídos.
Inicialmente, são escolhidos os candidatos que cursaram o ensino médio em escolas rurais ou que fazem parte de populações do campo. Se ainda restarem vagas disponíveis, outros grupos prioritários entram na seleção.
Quais são os grupos prioritários?
Os grupos prioritários incluem pessoas com deficiência, estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas ou quilombolas e candidatos com renda familiar de até um salário mínimo por pessoa. Estes têm prioridade no preenchimento das vagas reservadas conforme os critérios de ação afirmativa.
Além disso, quando ainda existem vagas remanescentes, elas continuam sendo destinadas preferencialmente a esses mesmos grupos, mantendo o foco em corrigir desigualdades no o ao ensino superior.
Distribuição de vagas remanescentes
Se as vagas reservadas não forem completamente preenchidas pelos grupos prioritários, elas são redistribuídas seguindo uma ordem específica. Em primeiro lugar, são destinadas a estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas.
Na sequência, as vagas podem ser preenchidas por pessoas com deficiência. Caso ainda existam vagas disponíveis, elas serão abertas para ampla concorrência, permitindo que candidatos de outros perfis também tenham a chance de ingressar.
O sistema de redistribuição do Sisu busca garantir que as vagas reservadas sejam ocupadas por candidatos que enfrentam barreiras históricas no o ao ensino superior. Ao mesmo tempo, a ampla concorrência serve como uma alternativa para preencher as vagas restantes.
Diferentemente do vestibular tradicional, o Sisu utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção. Isso elimina a necessidade de múltiplas provas e unifica o processo para milhares de estudantes em todo o Brasil.
Autonomia das instituições e proteção de dados
A portaria que regula o Sisu assegura a autonomia das instituições de ensino superior para verificar a documentação dos candidatos aprovados. Cada instituição pode estabelecer seus próprios métodos para confirmar se os candidatos atendem aos critérios exigidos.
Além disso, os estudantes devem autorizar o uso de suas notas do Enem e os dados do questionário socioeconômico. Essa prática segue as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), garantindo a segurança e privacidade das informações.
Bonificação do Enem para ampliar as chances
Para aumentar a competitividade de certos grupos nas vagas de ampla concorrência, a portaria prevê a aplicação de uma bonificação na nota do Enem. Essa bonificação ajuda a equilibrar as chances de ingresso, especialmente em cursos mais disputados.
Os candidatos, no entanto, podem optar por apenas uma ação afirmativa do tipo bônus, evitando duplicidade de benefícios. Essa medida visa manter o processo de seleção justo e transparente para todos os participantes.
Como funciona o Sisu?
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um mecanismo eletrônico gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC). Ele permite que estudantes utilizem suas médias no Enem para concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior.
O sistema classifica os candidatos com base em suas notas e nos critérios socioeconômicos estabelecidos pela Lei de Cotas. As vagas são preenchidas até o limite disponível, de acordo com a ordem de classificação.
Organize seus Estudos
Caderno Espiral Melissa Pautado 17x24 Colmeia
Preço: R$48,99